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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Personagem principal da novela "Cordel Encantado" é inspirado no cangaceiro patuense Jesuíno Brilhante:


 
A novela Cordel Encantado, exibida pela Rede Globo de Televisão, vem retratando diversos fatos e personagens da história e cultura nordestina. No entanto, Jesuíno, personagem central da trama, papel encenado pelo ator Cauã Raymond, é inspirado no maior ícone do cangaço potiguar, o cangaceiro Jesuíno Brilhante, natural do município de Patu, no Rio Grande do Norte.
A professora Lúcia Maria de Souza Holanda, pesquisadora da história do cangaceiro, confirmou que a personagem foi inspirada na vida de Jesuíno Brilhante. A pesquisadora afirmou que as autoras tiveram acesso inclusive a um livro do professor potiguar Raimundo Nonato, obra mais completa sobre o cangaceiro.
Em seu livro intitulado "Jesuíno Brilhante: O Cangaceiro Romântico", Raimundo Nonato, natural do município de Martins/RN, única obra sobre a história do cangaceiro, cujo cangaço se deu entre os anos de 1871 e 1879, antecedendo o próprio Virgulino Ferreia, Lampião.
A novela aborda diversos feitos históricos de Jesuíno Brilhante presentes na obra de Raimundo Nonato, como a distribuição de alimentos aos colonos da fazenda de Timóteo, personagem de Bruno Gagliasso, e de ataques à cadeia pública da cidade fictícia de Brogodó para libertação de injustiçados.
Como código de honra Jesuíno Brilhante dizia: "Quem entra para este grupo não toca no alheio e aprende a respeitar a casa das famílias honestas...", e a professora ressalta que a lealdade na ética da cavalaria feudal era um valor inestimável.
"O código de honra do bando de justiceiros da novela: 'pelo justo e pelo certo', também remete ao do Jesuíno Brilhante, diante de uma polícia inoperante e de uma justiça inexistente", explica.
Outro pesquisador do cangaço de Jesuíno brilhante, Epitácio Andrade, autor do livro "A saga dos Limões: negritude no enfrentamento ao cangaço de Jesuíno Brilhante", afirma que apesar da novela não ser um documentário sobre o cangaceiro natural do município de Patu/RN, é possível perceber vários elementos históricos da trajetória de Jesuíno Brilhante.
A professora Lúcia Maria de Souza Holanda, geógrafa, pedagoga e mestra pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), defendeu na conclusão do mestrado a dissertação "Lugares de Memória: Jesuíno Brilhante e os testemunhos do Cangaço nos sertões do oeste potiguar e fronteira paraibana".
Lúcia Holanda explica que entrou em contato com a assessoria da direção da novela "Cordel Encantado", por intermédio de um amigo paraibano que trabalha na emissora.
"Eu li em uma revista uma entrevista com o ator Cauã Raymond, que estava estudando a personagem por um livro conhecido como 'Cangaceiros, Coiteiros e Volantes', escrito por José Anderson Nascimento, indicado pelas autoras da novela Duca Rachid e Thelma Guedes, como fonte de referência sobre Jesuíno Brilhante", explica.
Segundo a pesquisadora, ela enviou uma carta que foi entregue pelo amigo, Márcio Tadeu, para a assessoria da direção da novela, com algumas contribuições que ajudariam ao núcleo do cangaço.
Entre as orientações a professora indicou outras bibliografias de obras com leitura menos densa do que o livro citado pelo autor na entrevista. Como o já citado livro do potiguar Raimundo Nonato, e ainda "Flor dos Romances Trágicos", de Câmara Cascudo, "A Pedra do Reino" de Ariano Suassuna e um filme sobre Jesuíno filmado no Rio Grande do Norte.
"Enviei também a minha dissertação de Mestrado, principalmente, o terceiro capítulo onde eu descrevo que o imaginário popular atribui ao cangaceiro qualidade de cavaleiro medieval", comenta.
Lúcia Holanda afirma que também relatou no contato com a assessoria da direção da novela que o cangaceiro Jesuíno Brilhante é considerado pelos escritores Câmara Cascudo e Raimundo Nonato, como uma espécie matuta de Robin Hood dos sertões da Paraíba e do Rio Grande do Norte, durante o período de 1871-1879.
"Pelo que estou observando na novela, vejo que as autoras se apropriam de uma matéria que transita no imaginário da região, comparando o sertão nordestino ao mundo medieval", frisa.
A professora conclui a entrevista concedida ao jornal O Mossoroense, com uma citação do escritor Rosemberg Cariry: "O Cangaço é nosso épico por excelência, um universo metodológico fundamental para a cultura brasileira. Os japoneses têm os samurais, os americanos têm os cowboys e nós temos os cangaceiros, expressão legítima de rebeldia popular".  

Por Nara Andrade - Coluna Universo
Fonte: Jornal O Mossoroense com alterações 

Veja algumas imagens da Casa de Pedras do cangaceiro Jesuíno Brilhante, situada no sítio cajueiro, zona rural de Patu.
As imagens foram feitas em abril de 2008 por ocasião de uma visita feita por este blogueiro e um grupo de amigos de Patu.

Clique nas imagens para ampliá-las


 Caminhada até a Casa de Pedras








Fonte: Patunews

Um comentário:

  1. Bom dia... visitando novamente seu blogger
    Uma parte das escrituras,sem motivo especifico por ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia, simplesmente pela leitura das Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso SER.

    CAPÍTULO 20
    1 PORQUE o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
    2 E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.
    3 E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça,
    4 E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.
    5 Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.
    6 E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia?
    7 Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.
    8 E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros.
    9 E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um.
    10 Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um.
    11 E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família,
    12 Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.
    13 Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?
    14 Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti.
    15 Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
    16 Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

    Abraços!

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